A Unidade formada denomina-se por “Clã”, os Caminheiros dividem-se por equipas de 4 a 8 elementos.Cada equipa escolhe para seu patrono um Santo de Igreja, um Herói Nacional ou outra figura cuja vida, os Caminheiros devem conhecer e tomar como modelo de acção e de vida.As atividades do Clã é designada de Caminhadas.
Lema: “Servir”

Patrono: São Paulo (Saulo)

Idade: Dos 18 aos 22 anos

Cor do Lenço: Vermelho debruado a branco

Caminheirismo
Todos os escuteiros são jovens em crescimento físico, intelectual e espiritual. Acompanhando este crescimento, o escutismo propõe para cada uma de 4 etapas de amadurecimento, formas de trabalhar diferentes com espaços de reflexão, acções e mundos de fantasia bem à medida do espírito que naturalmente caracteriza cada intervalo de idades. O caminheirismo é a mais séria e exigente de todas estas etapas, mas é também aquela em que temos espaço para passar para a realidade a grandeza das nossas fantasias, a ousadia das nossas aventuras e a força dos nossos empreendimentos. É nesta altura que tomamos à séria toda esta alegria de viver e nos preparamos para a levar ao resto do mundo.
Esta preparação é um caminho que agora começa e que assenta nos valores traduzidos pelas Bem-Aventuranças. A imagem que acompanha esta etapa é a do apóstolo peregrino – o caminheiro é aquele que faz caminho e o seu ideal é o Homem Novo, a perfeição de Jesus Cristo.
mística
A mística da IV secção está muito associada ao ideal de “fazer caminho”. Um caminho com rumo certo – para o “Homem Novo” – e que assenta em valores muito concretos. Fazer caminho e não apenas, seguir caminho, é tão importante quanto o facto de não sermos todos iguais, como o produto de um mesmo molde; cada um vai tirando o melhor partido desta aprendizagem, introduzindo á sua medida, os valores propostos. O caminho é individual mas não solitário – há um espírito que une todos os caminheiros e aqui se cumpre a primeira parte da máxima de BP – O caminheirismo é uma fraternidade do ar livre e do serviço. – o resto vem naturalmente na vivência articulada dos valores em 4 dimensões:
o caminho, simbolizando a passagem da adolescência á idade adulta com o desafio de escolher um itinerário de descoberta e de acção;
a comunidade, dimensão que engloba a consciência de haver um mundo envolvente que avança simultaneamente com os seus sucessos e os seus problemas, do qual o caminheiro faz parte;
o serviço, uma marca forte deste caminho rumo ao “Homem Novo” com a descoberta da força interior trazida pela vivência das Bem-Aventuranças;
e a partida, que exprime simbolicamente que o acto de caminhar é em si mesmo mais importante do que o facto de chegar. No final do tempo no Clã, o caminheiro não chega ao fim da sua caminhada, mas “parte”. Porque o fim de uma caminhada é sempre o início de outra.
No escutismo, esta proposta de valores é feita, em regra, através de uma característica original do seu método: o recurso a uma linguagem simbólica, cuja função é tanto a de ilustrar os valores propostos como a de fornecer referências concretas e sugestivas. Dentro da mística da IV secção sugerem-se como símbolos:

  •  Vara Bifurcada – expressão das encruzilhadas da vida e da necessidade constante de tomar decisões para avançar;
  • Mochila – simboliza o desprendimento e a determinação de ir mais além; esta contém;
  • Tenda – sinal de mobilidade e prontidão para se pôr em marcha, mas também da necessidade de paragem temporária, para reflectir e interiorizar os acontecimentos da jornada;
  • Pão – transportado na mochila – alimento do corpo dado em partilha e em comunhão;
  • Evangelho – pão do espírito, anúncio da Boa Nova de Cristo;
  • Fogo – sinal da descida do Espírito Santo. É o fogo que ilumina o peregrino durante a sua caminhada e lhe permite vencer a escuridão.