São Jorge – Patrono Mundial do Escutismo
S. Jorge (séc. III-IV) é um dos mais conhecidos santos da Igreja, e a sua reputação continua viva, em especial no Oriente, mas também um pouco por todo o mundo. Não há quaisquer pormenores históricos exactos sobre a vida deste santo da Igreja, sabendo-se, contudo, que o seu culto se espalhou rapidamente a partir da Palestina.
As lendas em torno desta figura insígne descrevem-no, geralmente, como cavaleiro da Capadócia (actual Turquia) que resgatou uma donzela de um dragão, gesto esse que levou ao baptismo de milhares de pessoas. É de referir que o pormenor lendário sobre a existência de um “dragão” foi um acrescento medieval à lenda já existente sobre S. Jorge. Mais tarde, vítima da perseguição do Imperador Diocleciano (244-311 d.C.), terá sido torturado e decapitado devido à fé que sempre e destemidamente defendeu. O seu martírio é celebrado liturgicamente pela Igreja no dia 23 de Abril.
São Jorge e o Escutismo
Persistem algumas dúvidas relativamente à origem da devoção a S. Jorge em Inglaterra, mas há dados que apontam no sentido de ter sido considerado protector da Ordem da Jarreteira, já no reinado de Eduardo III, no século XIV.
Tendo o escutismo nascido em Inglaterra, Baden-Powell confiou, ao mesmo santo protector, o movimento escutista mundial. Por isso, S. Jorge é o patrono mundial do escutismo, representando a unidade dos escuteiros do mundo inteiro e, simultaneamente, o desejo de uma vida fiel e corajosa no cumprimento da vontade de Deus. Actualmente S. Jorge é o patrono de Inglaterra, dos soldados e dos escuteiros, e há mesmo numerosas igrejas em todo o mundo a ele dedicadas.
São Nuno de Santa Maria – Patrono do CNE
Nuno Álvares Pereira nasceu em 1360 no Castelo do Bonjardim. Na juventude integrou o séquito de D.Fernando, sendo armado Cavaleiro.
Casa com D.Leonor de Alvim, de quem teve uma filha, por obediência a seu pai.
Estando ameaçada a independência nacional, após a morte do Rei, Nuno abraça a causa do Mestre de Avis, nomeado pelo povo Regedor e Defensor do Reino, lutando contra Castela, encabeçando exércitos, sendo nomeado Condestável, e vencendo sucessivas batalhas até à consolidação da nova dinastia.
Profundamente religioso, e devoto de Nossa Senhora, leva uma vida de profunda oração mesmo no campo de batalha, sendo audaz na contenção dos excessos usuais à época nos períodos pós-batalha. Ganha, assim, fama de santidade, fazendo que mesmo os inimigos o admirassem e procurassem conhecer nos períodos de tréguas. Em 1415 participou ainda na Tomada de Ceuta.
Triunfador no campo de batalha e na construção política de uma nova dinastia que assegurava a independência de Portugal, acumula riquezas imensas, tornando-se na pessoa mais rica do Reino.
Após enviuvar, dedica-se à construção do Convento do Carmo em Lisboa, onde em 1422 recolhe como frade, após partilhar todos os seus bens, tomando o nome de Nuno de Santa Maria e entregando-se fervorosamente à oração e à caridade, sendo visto pela cidade a pedir esmola e a acudir aos mais necessitados, seja na doença seja na subsistência.
Morre em 1431, na sua pobre cela, rodeado pelo Rei e pelos Príncipes.